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Ciranda Cirandinha

A aventura de se ser Mãe e Mulher

4º aniversário da Beatriz

Saturday, January 29, 2005

Confirma-se!

E pronto… Confirma-se a suspeita. Depois da ida ao pediatra, temos diagnosticada uma otite (nada de muito feio, segundo o médico) e uma infecção na garganta que evoluiu demasiadamente depressa, tal como me tinha percebido. Neste momento a febre tem sido alta, a expectoração é muita - amarela e feia -, o nariz pinga se ela está acordada e entope quando ela adormece… acordando-a. A tosse também anda já a ameaçar. Apesar disso, anda tão corada da febre que parece uma saloia! :)

Vim de lá com uma receita de medicamentos (antibiótico, Brufren e gotas para o nariz) numa mão e uma dose de maior tranquilidade na outra. É que, apesar de não gostar nada da relação crianças/antibióticos, confio totalmente no médico – não fosse ele um dos melhores pediatras do Porto e o Director de pediatria de um dos grandes hospitais da nossa cidade. É claro que este serviço se paga, mas a saúde é uma coisa com a qual não brinco e à qual dou muita importância. Mais a mais, em caso de urgência, passo no consultório e, correndo o risco de ter de esperar um bocadito, ele atende-nos entre consultas, e não cobra absolutamente nada. Quantos se podem gabar disso?

Agora é calma, sossego, muitos líquidos e muito sofá - como diz o
ringthane ;) – e dar tempo ao tempo! Daqui a 15 dias volto ao consultório. O pediatra quer ter a certeza de que a otite ficou bem curada. Entretanto, já sei o que me toca este fim-de-semana... O que vale é que o tempo não está nada convidativo! ;) Até 2ª-feira, se ela não piorar, claro está!

*** Ciranda

PostScriptum: Porque é que criança doente é sinal de mimalhice pegada? ;)

Thursday, January 27, 2005

Pronto... Temos o caldo entornado!

A febre vai e vem, agora à noite piorou, como era de esperar. A disposição também tem picos. Os sonos foram raros e curtos...O choro e os lamentos tornaram-se uma constante desde a hora de jantar.
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- Mãããe, tem dói-dói aqui! Dá um beijinho! Ó Vô, dá um beijiiiiinhooo…
- Hã? Tens dói-dói onde Beatriz?
- Aqui… na orelha!
- Mau!... :/
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Querem ver que temos a 1ª otite à espreita?
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*** Ciranda

Contrariedades da estação

A Beatriz já vai à casa-de-banho há algum tempo. Há cerca de dois meses ou coisa do género, começou a querer ir sozinha. Baixa as calças ou levanta a saia, desce as meias e a cuequita, iça-se sozinha para a sanita e já está! Depois é só chamar a mãe! Ontem, já tarde e sem mais nem menos, fez um chichi pelas pernas abaixo. Não dei grande importância. Sei que é normal isso acontecer de vez em quando.

Mas o que me pergunto é se terá arrefecido enquanto a mudava e se terá sido essa a causa da grande constipação com que ficou. Parece-me um pouco a despropósito, mas não sei… :/ Começou a espirrar furiosamente e, menos de 24 horas depois, ficou num estado lastimável. Espirros e mais espirros, nariz a fungar, uma ligeira tosse, febre e alguma, aparente, expectoração.

Este ano ainda não tinha tido nada de grave nem de muito forte. Mas, e pelo andar da carruagem, quer-me cá parecer que desta vez não tem escapatória. Ainda por cima a tal vaga de frio que estava anunciada acabou por dar a cara e aí está!

Amanhã levo-a ao pediatra. Veremos o que ele diz… :(
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*** Ciranda

Haja paxorra!

- Ó Mãe, quero fiambre.
- Queres? Agora? Vais jantar daqui a pouco.
- Ó Mãe, quero fiambre. Mãe, quero fiambre! Mãe, quero fiambre! Quero fiambre! Quero fiambre!!! FI-AM-BRE! QUE-RO FI-AM-BRE! Quero fiambre!! Ó Mãe, fiambre! Fiambre, mãe!!! Fiambre!!! E queijo!…


Aiiiii… Haja paxorra! ;)

*** Ciranda

Wednesday, January 26, 2005

Há mulheres especiais...

Há mulheres especiais. Mulheres com ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro nas suas costas, porém suaves e meigas. Mulheres com uma força interior – aparentemente – inesgotável, capazes de cuidar da família sem nunca esmorecerem e sem darem um ai, apesar de todos os problemas e cansaço que possam rondar a vizinhança. Mulheres com uma força manifesta, que lhes permite continuarem em frente. Mulheres com uma capacidade de amar extraordinária e uma sensibilidade desmedida, capazes de afugentar as tristezas e medos e devolver o sorriso a uma qualquer criança.

Há mulheres especiais. E eu tenho a sorte de poder privar com uma delas. Também se chama Beatriz e, por ser quem é - e por ser para mim um modelo de Mulher -, é a madrinha da minha filha, minha tia e uma grande amiga.

E, precisamente por ser quem é, e porque para além disso fez anos no passado dia 24, é a ela que hoje dedico este post.

Parabéns, mais uma vez, Comadre. E, já que por motivos de força maior, o jantar não pôde ser lá em casa, fica aqui a minha homenagem. Tiro-te o meu chapéu. E possa eu aprender muito mais contigo, por essa vida fora.

*** Ciranda

Novas do mundo das balanças

Ontem lá voltei à médica, já com o resultado das análises. Depois de medida, pesada e auscultada, vieram as notícias. E foram bastante boas. Em 6 semanas emagreci nada mais, nada menos, que 3,5 Kg e, nos vários diâmetros medidos abaixo do peito, acima do umbigo, na cintura, e abaixo do umbigo, perdi 2 cm em cada um deles. A médica ficou toda contente e eu, orgulhosa. E, se pensar que, entretanto, passou o Natal, o Ano Novo e o aniversário da avó pelo meio - sempre com mesa farta -, ainda estou mais!

Quanto às análises, tudo bastante bem com duas curiosidades. Tenho o chamado colesterol bom (HDL) um pouco baixo (46mg/dl) e, na análise à glicose que fiz, constata-se que a mesma é mais alta em jejum do que a seguir ao almoço. Pelos vistos, e segundo a médica, o meu organismo anda meio baralhado e entende a minha insulina natural como fraca, coisa que não é. Diz ainda que isso explica o facto de eu ter engordado bastante durante a gravidez e ainda ter, hoje em dia, esta formação adiposa estranha na barriga. Se alguém entender do assunto, agradecia que se expressasse. ;)

E pronto, neste momento vou continuar com o mesmo plano de acção - que até tem sido fácil de cumprir - e com um comprimidito para ajudar a desfazer esta formação adiposa. A ver se assim se evita a ida à faca (ou ao aspirador!). ;)
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Beijos, muitos!

*** Ciranda

Monday, January 24, 2005

Rotinas

As rotinas podem ser boas. Tranquilizadoras. Reconfortantes.
De cada vez que a deito na cama, à noite, segue-se mais um momento de pura delícia.
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- Vá Beatriz, toca a nanar.
- Ó MÃE!!! Não vais gostar da Beatriz????
- Vou, vou. Vou gostar da Beatriz.
E, depois de me inclinar sobre a cama dela, começo:
- Tuuuu saaaabesssss - lento e arrastado - queamãegostamuitdaBeatriz? - tão rápido quanto o permitido.
Invariavelmente, responde-me, enquanto aponta para ela própria e ri:
- Esta é a mãe! Tu é que és a Beatriz!
– Ah! E essa mãe, gosta desta filha?
– Gosta, gosta!
- Muito?
- Muito! Até onde?
- Até às estelas!
- Ora mostra.
E dá-me o maior abraço que aqueles bracinhos conseguem proporcionar.
..
E com isto deixa-me sempre aquele nó na garganta.
E com isto faz o meu dia, ainda que ele tivesse acabado de começar.
:)
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*** Ciranda

Saturday, January 22, 2005

Paz interior...

uns dias li um livro sobre culturas orientais que dizia: "O caminho para conseguir a paz interior reside em acabar as coisas que começamos". Depois de um longo período de reflexão pensei: Pode ser que seja verdade. Olhei em meu redor e vi todas as coisas que tinha iniciado e continuavam inacabadas...
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... assim, hoje pus mãos à obra e terminei: uma garrafa de Bailey's, uma de vinho tinto, uma de Chivas Regal, 4 Heineken, 3 chocolates e uma caixa de preservativos. .

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Nem imaginam como me sinto melhor!!
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:)
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*** Ciranda
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PS: Tenho de pena de este texto não ter sido escrito por mim! Muahahahah... Mas pronto! O email é uma ferramenta, por vezes, surpreendente ;)

Thursday, January 20, 2005

Isto anda animado...

... anda anda!




Que raio de tédio!! :/

*** Ciranda

As músicas dos nossos dias IV

A canção do Cuco

Era uma vez um Cuco
Que não gostava de couves.
Mandou-se chamar o pau
Para vir bater no cuco
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar o fogo
Para vir queimar o pau
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar a água
Para vir apagar o fogo
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar o boi
Para vir beber a água
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar o homem
Para vir ralhar com o boi
O homem não quis ralhar com o boi
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar o polícia
Para vir prender o homem
O polícia não quis prender o homem
O homem não quis ralhar com o boi
O boi não quis beber a água
A água não quis apagar o fogo
O fogo não quis queimar o pau
O pau não quis bater no cuco
O cuco não quis comer as couves
Ele ia sempre a dizer: “Couves não hei-de eu comer!"

Mandou-se chamar a morte
Para vir matar o polícia
A morte quis matar o polícia
O polícia já quis prender o homem
O homem já quis ralhar com o boi
O boi já quis beber a água
A água já quis apagar o fogo
O fogo já quis queimar o pau
O pau já quis bater no cuco
O cuco já quis comer as couves

Era uma vez um cuco
Que já gostava de couves!

Wednesday, January 19, 2005

Mais uma marca no calendário...

Mais um mês completo! 2 anos e 2/3! Mais precisamente dois anos e 8 meses!
Ai ai... O tempo não passa depressa... VOA!! Vertiginosamente, acredite quem quiser.

*** Ciranda

As músicas dos nossos dias II

O meu Galito

Há 3 dias q’eu não durmo
Eu perdi o meu galito
Coitadito la la
Pobrezito la la
Eu perdi-o lá no jardim

Ele é branco e amarelo
Tem a crista encarnada
Bate as asas la la
Abre o bico la la
Ele faz qui-ri-qui-qui

Tuesday, January 18, 2005

"Naninhas" & Chupetas

Desde que a Beatriz nasceu, a chupeta tem sido um pacificador bastante útil. Sossegava-a e acalmava-a em diferentes situações e, acima de tudo, facilitava e acelerava o processo de entrada no mundo dos sonhos. Apesar disso, nunca a quis habituar a andar por aí com ela na boca. Sempre achei detestável (perdoem-me) ver crianças (e não digo bebés) agarradas à chupeta pela rua fora e para tudo que é lado. Não gosto, não acho necessário e parece-me um mau hábito, resultante muitas das vezes da preguiça e falta de paciência dos educadores que, muitas vezes em vez de terem de perder tempo a acalmar a criança, ou perceber sequer o porquê do choro, lhe enfiam a dita cuja na boca, de forma a calá-la. Para além do péssimo hábito que isso implica, cria sérios problemas com a formação quer do palato, quer da própria dentição. A chupeta é para dormir e pronto. E consegui o meu intento.

E a Beatriz tinha 3 chupetas. Uma em casa, para as sestas da tarde – já que a chupeta à noite foi espontaneamente abolida por ela há cerca de ano e meio –, outra no estúdio, para lá fazer as “naninhas” da tarde, e uma terceira no porta-luvas do carro, just in case.

Há pouco mais de um mês, a Beatriz resolveu, por iniciativa própria, deitar a chupeta lá de casa ao caixote do lixo. Claro está que, imediatamente depois da “festa” e dos chorrilhos de “Muito bem!” e “Ai que linda menina!!”, e mal a apanhei distraída, corri a tirar a chupeta do lixo e guardei-a. É que em casa não havia mais nenhuma e, apesar da grande boa vontade da pequenota, cheirava-me que mais lá para o fim-de-semana ela ia fazer falta.

Os dias que se seguiram foram complicados. Apesar de não querer chupeta à noite, não a dispensava nas sestas vespertinas e cada vez que era preciso dormir… a coisa complicava-se. Ela pedia-me a chupeta e chorava desconsolada e visivelmente desolada… E eu, enquanto a embalava, ia-a recordando de que tinha sido ela própria a deitá-la ao lixo e que agora não havia chupeta. Que tinha vindo o camião do lixo e a tinha levado para muito longe. E ela dizia que havia sim, havia sim! E agarrava-se a mim e chorava.

Por um lado, achei que este era o momento ideal para acabarmos com este vício. Não só por ter partido de uma atitude dela, perfeitamente espontânea, mas também porque tinha imposto a mim própria que isso haveria de acontecer até aos 3 anos de idade. Por outro lado, partiu-se-me o coração de cada vez que chegava a hora da nana. Mas também achei que não podia ser fraca e resolvi fazer uma tentativa séria.

E durante 5 ou 6 dias foi o cabo dos trabalhos. Para adormecer à tarde era um castigo. Dormia pouquíssimo, andava visivelmente zangada e irritadiça (como nunca) e até meia agressiva. Com base nisto, comecei a ponderar se este corte súbito não seria contraproducente (este tipo de carências pode, muitas vezes, tornar-se prejudicial ao equilíbrio interior), mas resolvi dar mais um dia ou dois à experiência. E, aos poucos, lá foi sossegando. Tornou-se uma vez mais calma e tranquila e, de dia para dia, foi-se tornado menos difícil adormecer. Claro que, hoje em dia, canto-lhe mais do que nunca!! ;)

E é mais uma etapa vencida! Mais uma vitória. Mais um motivo de orgulho.

:)

*** Ciranda

As músicas dos nossos dias I

Atirei o pau ao gato
.
Versão 1:
Atirei um pau ao ga-tu-tu
mas o ga-tu-tu
não morreu-eu-eu
Dona chi-ca-ca
admirou-se-se
com o berrú, com o berrú que o gato deu:
Miauuuuuuuuuuuuuuuu!!!

Versão 2:
Atirei um pau ao Ro-cha-cha (lembram-se de um dos muitos nomes do Jeco?)
mas o Ro-cha-cha
não morreu-eu-eu
Dona chi-ca-ca
admirou-se-se
com o berrú, com o berrú que o Rocha deu:
Aúúúúúúúúúúúúúúúúúú!!!


Versão 3:
Atirei um pau À Mãe-ãe-ãe
mas a Mãe-ãe-ãe
não morreu-eu-eu
Dona chi-ca-ca
admirou-se-se
com o berrú, com o berrú que a Mãe deu:
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!

E continua, com o avô, com a galinha e mais o que lhe vier à cabeça :)

*** Ciranda

Monday, January 17, 2005

Frutas & legumes

Com a paixão que tem por livros, muito mais do que por brinquedos, nem os livros de culinária escapam. Aqui há 2 dias estava de roda de um deles, cuja capa, colorida e apelativa, ostentava uma grande variedade de frutas e legumes, devidamente compartimentados. Alguns minutos depois veio mostrar-me - orgulhosa - que sabia muitos dos seus nomes.

- Olha mãe, uma laranjinha!
- Pois é! :)
- E comatinhos
(leia-se tomatinhos)
, e uma batata, e um limão…
- Hmm… E isto, o que é?
- São… uvinhas!
- Boa! E isto?
- Isto… isto é um azeite!!
- Não.. São alhos cachopa! :)

- Ahhhh!! Alos (continuamos sem dizer os “lh’s”)! São alos! – diz satisfeita.
E continuámos:
- E isto?
- Isto é… é…

A mãe dá uma ajudinha:
- São cas… cas…
- CASTANHAS!
- Muito bem! Isso mesmo!
– Incentivo eu -
Olha, e isto?
- Hmm… são… são…
- Então? Vá lá. São a… zei… azei…
- Ahhh! São A-ZEI-TEIRAS!!!

;)

*** Ciranda

Saturday, January 15, 2005

Camilo Dix it

A propósito da aventura de se ser não só Mãe, mas Mulher...
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Mulheres.
Mulheres são os melhores juízes de mulheres.
Disseram filósofos e moralistas, uns grandes santos como São Paulo, e outros grandes ateus como Voltaire, que a mulher é um ser exuberante de sensibilidade, e apoucado de raciocínio.
Se o absurdo vinga, se, por alvitre grosseiro do mais forte, a mulher é um ente inepto para exercitar a razão, com que direito as julgamos e sentenciamos, segundo a razão, sendo as suas culpas demasias do sentimento.
A injustiça é flagrante e odiosa.
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O que fazem as Mulheres, Camilo Castelo Branco
(Obrigada Filipa ;) )
*** Ciranda

Thursday, January 13, 2005

Muitas felicidades...

...muitos anos de vida!!

Parabéns Isabel! Que sejam muitos muitos mais e que seja um ano muito feliz! :) Este ano, miseravelmente, falhei-te no telefonema - hei de me fustigar por isso! - e nem sequer foi por falta de lembrança e isso irrita-me ainda mais! Eram 11:57 e escrevi eu uma mensagem para a poder mandar logo que fossem 00:00 h e, assim, ser a primeira a dar-te os parabéns e dizer que ligava no dia seguinte. Azar do caneco, o prazo de carregamento estava ultrapassado e assim ficou adiada a mensagem. Hoje, feita parva, saio de casa sem o telemóvel, o que significa que nem telefone, nem número! Arghhhhhhhhhhhhh...
Visto que a esta hora ainda não estou em casa e quando eu chegar a casa já tu estarás provavelmente nos braços do morfeu (ou do teu cachopo :P) fica para amanhã! E para a semana compenso com juros! Está prometido! :)
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Beijinhos, mais que muitos! ;)
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*** Ciranda

É o que eu digo...

... para quê gastar rios de dinheiro com decoradores e belíssimos artefactos de decoração, quando temos uma criança de 2 anos em casa e ela faz isso por nós?
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Ó! Quão vão e inglório pode ser um Domingo passado a arrumar uma casa...! ;)
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*** Ciranda

Existe um para todos!

Olha, descobri finalmente como é que eles resolvem aqueles nomes todos do universo Star Wars... Afinal não tem anda que saber! Ora tentem lá!
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O meu nome é Rancl Vipor
e o da Beatriz é Babe Rapor
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O dela tem munta pinta, digam lá! ;)
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*** Ciranda

Wednesday, January 12, 2005

E quem corta este cordão?

Desde o momento que souberam que estava grávida, várias amigos que me conheciam bastante bem, tiveram basicamente a mesma reacção. “Estás grávida? Tu? Estás a brincar! Não acredito! A sério?? Porra… sempre imaginei que fosses a última pessoa a quem isso viesse a acontecer!”. Não é que não tivessem ficado contentes por mim. Ficaram foi, antes de tudo o resto, muito surpresos.

Surpresa fiquei eu também, ao constatar essa coerência de pensamentos em torno da minha pessoa. E até entendo, até certo ponto. Nunca fui do tipo caseira nem casadoira, já agora. E os amores eram muitos. Da dança à música, da fotografia aos computadores, dos cavalos e quase todos os outros bichos ao bicho homem – que também lá andava, por entre os meus amores –, das faculdades às direcções associativas, tunas e orfeões, todos eles me ocupavam muito do meu tempo. E, muitas vezes havia, que o tinha de reinventar – o tempo, digo. Tenho consciência, portanto, do meu estado de hiper-actividade, da mesma forma que tenho a certeza que o meu dia, por essa altura, tinha no mínimo 28 ou 29 horas – pelo menos!

Uns tempos passaram e eu, ainda assim, não parava. A certa altura já ia no 2º curso universitário, já trabalhava e continuava num ritmo (já só) meio acelerado. É que, parecendo que não, o trabalho rouba-nos muito do nosso tempo… Um pecado! :D

Quando engravidei estava ainda 2 anos de acabar o curso e lembro-me de pensar: Estás louca! Louca! Com o bebé a nascer em fins de Maio – senão antes –, vais andar a fazer um sacrifício doido que – com jeitinho – se torna inglório. Ainda chumbas de ano! Ao menos paravas e sossegavas este ano. Pois sim, nada disso :) Não parei. Corri ainda mais, mas sempre com um sorriso de orelha a orelha e uma vontade férrea que vinha do âmago do meu ser. E vá lá… deixei apenas uma cadeira para trás. Não parei mas mudei muito – tanto física como emocionalmente. De repente havia sido dado início a um processo irreversível, que faria de mim uma pessoa diferente do que dava a conhecer de mim até ali e eu tinha de me preparar.

Hoje em dia, são poucas as actividades extra e todo o tempo que passo com ela é pouco, mesmo que seja todo! Muitas vezes dou por mim a olhar para ela com a certeza de que um dia ela vai crescer e que o cordão inevitavelmente terá de ser cortado – até para bem dela. Dou por mim a pensar que bom seria se nunca isso acontecesse. Que bom seria se a pudesse ter assim, por inteiro para mim. Se nunca ela tivesse de sofrer e se nunca tivesse que sofrer por ela.

E queria aprisionar essas coisas só nossas. Os momentos, tal como os vejo e sinto, e que, inevitavelmente, sinto escapar-me por entre os fios dos dias que vão correndo depressa de mais.

E queria tanto, meu Deus! E tanta coisa, que acabo sempre por me sentir pequena, perante tamanho sentimento.

*** Ciranda

Beatriz

E esta, querida, dedico-ta a ti. Só a ti! :)



Beatriz

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da actriz
Se ela mora no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida


Olha
Será que ela é louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da actriz

Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da actriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu


Letra e música: Edú Lobo/Chico Buarque
Intérprete: Maria João
In: "Fábulas", 1996

Esta era a segunda música de que falei anteriormente e que tantas vezes me fez chorar, numa espécie de felicidade antecipada... ;)
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*** Ciranda

Tuesday, January 11, 2005

Espalhem a notícia

Distracções à parte, há coisas do arco-da-velha!

“Espalhem a notícia”, é como se chama. Ouvi-o pela primeira vez - na voz de Sérgio Godinho - há muito muito tempo atrás. E, quando há uns 3 ou 4 anos, o ouvi uma outra vez numa versão dos clã, com a Manuela Azevedo e o próprio Sérgio numa reinterpretação magnífica, não foi de estranhar que o tenha passado a ouvir freneticamente. Ao longo desse ano devo tê-lo ouvido centenas de vezes.

Curiosamente, estava já grávida quando de repente percebi o seu significado. Bateu-me como um raio e deixou-me perplexa. Ri, chorei e amei-a e, ali naquele momento, lhe ofereci o meu amor eterno! Li uma vez mais e concluí que não poucas vezes o conjunto vale mais do que a soma das partes ;)

Por isso mesmo, bem como pela mensagem que tem implícita e explícita, é uma das músicas que tenho como especiais e que me acompanhou durante os últimos 6 meses de gravidez.

A todas vós meninas & meninos – que estão à espera do vosso rebento ansiosamente -, a dedico!

Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse

Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher bonita


A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
o ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou


Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol, como é costume, foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos, felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher


Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta, é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo do mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher


Letra e música: Sérgio Godinho
Intérprete: Manuela Azevedo (Clã)
In: "Afinidades", 2001;
*** Ciranda

Em código

Vem a correr de lá de dentro, aproxima-se de mim com os olhos brilhantes de excitação e alegria e diz-me, em jeito de segredo:
- Mãe, vou-te dizer uma coisa bestiosa!
(Ainda não tenho a certeza se será misteriosa ou bestial, o que ela pretende)
- Sabes mãe, leneta tevita pitacha quitango mecutaxa cacheno pataco!!!
- Hmm... Ai sim?
- SIM!
- …

:)
Agora temos conversas e refeições assim, pautadas pelo surrealismo de uma criança provida de muita imaginação! Andará aborrecida? Ou será que o português já não lhe basta? ;)

*** Ciranda

Monday, January 10, 2005

Divagações errantes

- Ó Mae, arranja aí umas frangas pra Beatiz comer umas cartilagens.
(pausa)
- E gelados...
E, após mais uma pausa, segue o filme na cabeça dela:
- Era uma vez uma cartilagem. Era docinha... como a Mãe...
(outra pausa)
E a Beatiz comeu-a!!!
.
Hmm... Onde vai ela buscar estas coisas?
.
*** Ciranda

Friday, January 07, 2005

87 já cá cantam, avó!

E a minha avó Lina, mais que uma mãe para mim, faz hoje - nada mais nada menos, que - oitenta e sete anos. 87!

Parabéns Vó. E que vivas muitos mais, que nos fazes falta! Combinado??
Mil beijos e mil obrigados por tudo o que me ensinaste na vida.
.
(post a desenvolver)
.
*** Ciranda
.
PS: Não são lindas as mãos da minha avó? Sempre gostei delas... muito. Sempre me encantaram estas mãos.

Thursday, January 06, 2005

Este ano resolvi rebelar-me...

...e comi apenas 9 passas! Lembrei-me agora. Será grave?
Ai meu deuxxxxxxx...
.
:)
.
*** Ciranda

Aqui(Jazz) estou eu de volta!

Ora cá estou eu a entrar no ano novo. Um nadinha-de-nada atrasada – é um facto -, mas cá estou! E antes de mais, as minhas desculpas pela falta de notícias. Não foi uma questão sequer de doença. Foi mesmo trabalho. Horas e horas consecutivas noutro posto de trabalho que não este. :) Estive enterrada num projecto que acabou hoje, apenas.

O ano começou assim, com o sossego do (quase) fim de festas, mas com prazos para cumprir. E, assim, entre outras coisas, estive desde 2ª feira enfiada numa das régies do estúdio, a misturar a maquete do AquiJazz. Acabei ontem, por volta das 5 da manhã… E, apesar das horas dispendidas e do cansaço inerente, estou muito satisfeita com o resultado! Segue amanhã mesmo para França, tal como programado e, em princípio, em Maio lá estaremos a participar num Festival de Jazz.

E ainda não é hoje que vou poder pôr-me ao corrente do que se tem passado por aqui e nem sequer registar tudo o que tenho a fervilhar na cabeça, pois ainda há outro tipo de trabalho acumulado. Hoje é só mesmo para dar um ar da minha graça, dizer um olá a todos e desejar-vos um bom ano novo! É bom estar de volta. Prometo que para a semana a coisa será diferente.

Beijinhos, muitos :)

*** Ciranda