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Ciranda Cirandinha

A aventura de se ser Mãe e Mulher

4º aniversário da Beatriz

Friday, February 25, 2005

E aí está a «Sábado»…

… com um artigo, light, ligeiro e com pouco sabor, talvez, onde se abordam os baby blogs e a postura das respectivas mães que estão por trás, face aos mesmos.

*** Ciranda

Thursday, February 24, 2005

Às vezes...

... acho que as minhas dores de costas aumentam de forma proporcional ao peso dela.
;(

*** Ciranda

Wednesday, February 23, 2005

130 vozes

Apesar de, na prática, quase qualquer pessoa nascer com capacidade para produzir sons e cantar, a utilização do aparelho vocal como instrumento específico do canto é um processo complexo e difícil, porém soberbo – quando o é conseguido com mestria. A voz implica cuidado permanente e um trabalho constante e, para além disso, tem um prazo de vida relativamente curto. Degrada-se com o tempo. Não há quem lhe escape. Há que investir e aproveitar enquanto sentimos que estamos no seu melhor.

Por essas mesmas razões, estou a pensar num novo desafio. Começar ensaios para estudar o Requiem de Brahms. A estrear em Outubro, com orquestra. Que vos parece?

*** Ciranda

Monday, February 21, 2005

«Sábado»…

sai à Sexta!

As novidades querem-se quentes e boas, não é? Então, e como muitos têm querido saber, aqui vai. Em relação à entrevista que me fizeram a semana passada, já há novidades. O artigo, que versa sobre baby-blogs, vai sair na próxima edição da revista SÁBADO, ou seja, na próxima 6ª-feira.

Sei que várias mães desta nossa blogosfera foram contactadas para a preparação deste trabalho, como por exemplo a Cláudia, a Mary
e a Rita. Por isso mesmo, por mim, por elas e por tudo mais, estou muito curiosa com o resultado.

Já não falta muito! ;)

*** Ciranda

Saturday, February 19, 2005

Não sei se escolha este, se este, se este… Ai, decisões!

Mary, não resisti a usurpar a tua descoberta. Perdoas-me? ;)
Descobri um mimo para as mamãs e até para as futuras mamãs. Ora espreitem
aqui.
.
E, já agora, a minha “piquena” faz hoje 33 meses. Podem escolher de lá uma coisita ou outra. Não se acanhem! Até facilitamos a escolha. Eu quero estes:



Ai… Não são de fazer crescer água na boca??
Lindos...

*** Ciranda

Friday, February 18, 2005

Hábitos e afectos

Talvez por ter sido amamentada até perto dos 11 meses, sempre teve um hábito esta minha filha. Nunca teve um brinquedo favorito, nem nunca quis a fralda de pano para afagar. Não. Gosta do contacto físico. A pele quer-se com a pele, num contacto íntimo, e ela não abdica disso. E assim, sempre que pode, enfia a mão, decote abaixo, e abre caminho até me sentir o calor do corpo. E aí repousa, em ávidas carícias, até que por fim, lentamente, o ritmo abrande, o corpo lhe tombe de cansaço e, num doce embalo, finalmente adormeça.

E sempre assim foi. Desde o primeiro dia de vida. Desde as primeiras horas. Desde a primeira vez que por mim foi saciada, que lhe senti aquela mão – ainda tão frágil e descoordenada –, a procurar-me o peito.

Aquela bebé foi crescendo, entretanto e, de forma quase proporcional, foi crescendo a avidez dessas carícias. Todos os momentos de amamentação, de colo, de sono, de biberão, passavam por aí. E assumiram tal importância que, a certa altura, já não era só com a mãe que ela se comportava assim. O avô F. e a madrinha eram (e são ainda!) duas das principais “vítimas”. As pessoas mais próximas delas viram-se sem meios de negar tal xodó à criança. É que nem perguntava primeiro. Fazia parte dela, já. Eu confesso que parte do prazer acabava por ser meu também. Mas, confesso também que muitas foram as vezes em que este hábito era levado a exageros, não olhando nem a onde se estava, nem com quem se estava, enfim… envergonhando esta pobre mãe que, com um sorriso pálido, era quase apanhada em trajes menos próprios! ;)

Hoje a coisa está mais controlada e a necessidade foi-se, também ela, adaptando. Não quer dizer com isso que tenha cessado. Continua a não abdicar desse contacto sempre que é para dormir. Ou quando está doente e, por isso, se presta mais a ficar aninhada no meu colo… De há uns tempos para cá, a última moda é mexer na barriga. Se vem ao colo, tem necessariamente que nos desfraldar para se poder embalar, enquanto afaga barrigas e costas. E isso é ponto assente. E, se pensar nisso, chego à conclusão que essa alteração provém, muito provavelmente, do facto de estarmos no Inverno e a roupa ser mais subida, com menos decotes. Veremos o que nos traz a Primavera.

Eu não me queixo. É muito física, ainda hoje, e essa necessidade de contacto tem de facto a ver com a índole dela (ao que parece – e pelo que me dizem – eu fui uma criança bastante mais arisca). Assim, esta meiguice e esta necessidade do afecto materno, são duas das características que mais me aturdem os sentidos de mãe e me deliciam.

Mas que no Inverno custa levarmos com uma mão gelada costas (ou barriga) acima… CUSTA! Apre… ;)

*** Ciranda

Thursday, February 17, 2005

É mesmo minha filha...

…a julgar pelo que gosta de dormir. Pena é que tenha tão mau acordar! :D

Isto foi hoje, depois de mais um dos seus ataques de mau humor, pós-sesta da tarde, geralmente regados com muitas lágrimas (de crocodilo e das outras), mas acontece quase dia sim, dia sim! ;)

Ela acorda da sesta espontaneamente, mas gosta de vir acabar a dorminhoquice no meu colo ou no colo do avô. Até que

- Beatriz, vá, vamos jantar.
- Mãe nãããããããooooo. Não quero!!
- Aiii! Põe-te direita!
- Nãããooo! Não queeeerooooooo! Quero dumiiiireeeeeeeee!
- Oh anda lá… temos de ir jantar!

(choro…)
(mais choro…)
(meia de birra…)
(meia de bate o pé, enquanto o pé que sobra a atira pró chão)
A certa altura canso-me e digo-lhe:
- Paras com a choradeira?
- Nãããoooo… A Beatiz quer chorarrrrrrr…
(mais lágrimas)
- Então vais chorar para o sofá, sozinha. É isso que queres?
- Ximmmmm... -
entre lágrimas.
- Ai é? Ok… Então siga! - E sento-a no sofá, o que em 99,9% das vezes, é remédio santo.
- Quando te tiver passado o “tau”, chama a mãe. – E viro costas.
1 minuto depois – silêncio.
2 minutos depois:
- Beatriz, já passou?
- Ó mãe, já!!
- Óptimo! Então vá, vestir o casaco para sairmos.
- Ó mãe nãããooo!!
- Ai… Vais começar outra vez???
- Ó mãe, não! A Beatiz tem o nariz fungado!!

-…

(Reserva-se o espaço seguinte para 30 segundos de gargalhada pegada.)




;)

*** Ciranda

Wednesday, February 16, 2005

Há surpresas curiosas

E de uma forma nada previsível, pediram-me uma entrevista. E eu, dei-a! ;)
E assim, temos novidades, parece. Esperam-se os desenvolvimentos da "coisa" para breve mas, até ver, achei piada.

*** Ciranda

Um tributo...

... a este Senhor, que me lembrou, num comentário abaixo, um dos textos mais belos e "crueis" (para nós mães) que em tempos li e que merece, obviamente, honras de post.

"Os Filhos"

«Uma Mulher que carregava o Filho nos braços disse:
"Fala-nos dos Filhos",
E ele falou:

Vossos Filhos não são vossos Filhos.
São os Filhos e as Filhas da ânsia da Vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso Amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas Almas;
Pois suas Almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a Vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos Filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do Infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa Alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável...»


de Kahlil Gibran, 1923, in "O Profeta".


Obrigada, meu amigo, por mo trazeres à memória.

*** Ciranda

Monday, February 14, 2005

São estes, também, os olhos da minha alma

Encosto-me no teu ventre
Oiço-te respirar.
E, na cadência com que vives
Adormeço em ti.

São das coisas mais sublimes em que os meus próprios olhos podem descansar. E pensar que são sangue do meu sangue, carne da minha carne… Até me chego a arrepiar.

*** Ciranda

Eu não digo??

- Ó Beatriz! O que é que estás a fazer??
- Ó Mãe, a Beatiz tá a dejenhar uns lábios pintados!
- Lábios pintados? Pois sim! Isso a mim parecem-me mais uns bigodes. ;)
- É uns bigodes!!!

Desta vez, e à falta dos ditos lápis de aguarela, vai o meu - raramente usado - baton de brilho. Tonta! ;)

*** Ciranda

Thursday, February 10, 2005

Aiii...

Sabem o que é o Carnaval ensina às mais pequenas?

Que é muito “fixe” pintar os lábios e os olhos e outras partes do corpo…
(Nem que seja com lápis de aguarela!)

;)

*** Ciranda

Monday, February 07, 2005

Presas fáceis

Um destes dias, dei uma fugida a um hipermercado, para fazer umas compras. Comigo foram a Beatriz, a madrinha e a prima Joana. Já na caixa, enquanto aguardávamos a vez para pagar as compras, eu fui buscar uma qualquer coisa que me faltava. A Beatriz, sentada no carrinho de compras aproveita a minha ausência e começa a investida, junto da prima.

- Ó Joana, a Beatiz quer um chupa.
- Não Beatriz, os chupas fazem mal à barriga. E estragam os dentes!
- Mas a Beatiz quer!...
- Pois mas não pode ser, estraga os dentes, já te disse.
Ela, esperta como uma rata, parte para o plano B, numa espécie de ataque aos flancos da presa mais fácil:
- Ó Madinha, a Beatiz quer um chupa. Eu quero, madinha…
A prima insiste:
- Beatriz, a prima já disse que não, que faz mal!
Ela, peremptória:
-Shiu! A Beatiz está a pedir à madinha!!

Escusado será dizer que quando cheguei perto do carro, já a menina estava de chupa na mão! ;)

A prima encolhe os ombros e acaba por lhe perguntar:
- Ó Beatriz, queres que te ajude a abrir o papel?
Ela olha, relutante, e passa-lhe o chupa para a mão. Mas não sem lhe dizer, logo de seguida:
- A Beatiz ajuda a chupar!!!

Não fosse a prima entusiasmar-se...!

;)

*** Ciranda

Saturday, February 05, 2005

É Carnaval

E, apesar de este ano quase me ter passado despercebida a data em que seria, lá tivemos um Sábado de Carnaval a rigor. Aposto que se a Beatriz andasse num infantário sabia a data exacta com um mês de antecedência! Este ano – inconcebivelmente - foi mais ou menos assim: “Afinal, quando é que é o Carnaval, este ano?” E fiquei quase chocada quando ouvi em resposta: “É agora, este fim-de-semana” Valeu-me o fato de tirolesa que a avó F. lhe trouxe da Áustria, no Verão passado, umas cores rosadas e um penteado catita, digno do traje. E, eis o resultado. Aqui está a minha tirolesa!

Iolaré iolaré iolaré laré i-huuu!;) Que tal? ;)

*** Ciranda

As músicas dos nossos dias III

Ó Ciranda

Ó Ciranda, ó Cirandinha
Vamos nós a cirandar
Ó Ciranda, ó Cirandinha
Vamos nós a cirandar
Vamos dar a meia volta
Adiante, troca o par
Vamos dar a meia volta
Adiante, troca o par

Reflexos do passado

É bom quando são agradáveis, prazenteiros. Quando nos deixam com saudades e com um sorriso nos lábios ao trazer à memória um tempo que passou. Quando olhamos para trás e temos ainda a mesma vontade de os reviver uma vez e outra. Porque, se são reflexos, é porque inevitavelmente nos deixaram marcas indeléveis. Marcas que nos moldaram, que fazem de nós, também aquilo que somos hoje.

Alguns desses reflexos apresentam-se sob a forma de um grupo de amigas (no verdadeiro sentido da palavra), que vem desde os primeiros tempos da faculdade de engenharia. Química, mecânica, civil, não interessa sequer especificar – apesar de tudo, nem era esse o elo de ligação mais forte. Era sim, a música. A música que preenchia muito dos nossos dias, que nos desafiava e nos fazia querer sempre exceder limites. Em cada nota que tocámos, estreitámos laços, consolidámos amizades. Tanto que, ainda hoje duram. Quer as notas, quer as amizades. Com menos frequência, claro está – que cada uma de nós tem uma vida muito menos facilitada –, mas com um espírito ainda apaixonado, e enérgico!

E, nesta 6ª-feira, quisemos sentir esses reflexos uma vez mais. E lá estivemos, juntas e bem-dispostas. Um ou dois Martinis a abrir o apetite para uma refeição vegetariana deliciosa – friso – regada por um belo vinho tinto (e água para a Beatriz e a Maria!), uma lua-de-mel de sobremesa e um fim de noite com a música que se fez.

Foi à beira-mar, e estava uma noite gelada. Não me lembro, porém, de ter tido frio. ;) O calor humano ainda é, efectivamente, o melhor dos aquecedores. É aquele que nos aquece a alma. Obrigada pela hospitalidade Paulita. Como sempre, estava tudo óptimo. Foi – aliás como sempre - um prazer!

*** Ciranda

PS1: Delicioso aquele queijo Grego meninas! :)
PS2: Depois da Tânia é lá em casa.

Wednesday, February 02, 2005

Descanso forçado

Precisamente! Estamos de volta, depois de uns dias “de molho” metidas em casa, enroscadas uma na outra (com o jeco, pelo meio, a estranhar ver-nos tanto por casa), com muita televisão, muita brincadeira, muitas histórias de encantar, muito chazinho de limão, muito mimo e muito, muito descanso! Nada mau, confesso. Estava a precisar e soube-me muito bem. Aquele meu sofá já mal se lembrava de mim, e eu dele.

A Beatriz está melhor já. A otite não foi das piores e a febre ao fim de 3 dias era já inexistente. Fica ainda uma garganta meia irritada, com muita expectoração ainda, mas nada que assuste. Fica ainda uma dose massiva de mimo que - como qualquer mãe pode comprovar – as pestes nestas alturas fazem questão de fazer perdurar para além de qualquer limite aceitável. Qualquer coisinha… temos lágrimas! Qualquer contrariedade… temos lágrimas e gritos. Se quer isto e lho damos, imediatamente está a querer aquilo. Qualquer apelo feito com a maior naturalidade se transforma num redondo “NÃO!”. Qualquer questão, num cavalo de batalha. Enfim! Uns verdadeiros diabitos!! Vale-me a sapiência de conhecer a causa e saber que o efeito em 2 ou 3 dias vai-se e tenho a minha pequena suave de volta. ;)

Agora há que deitar mãos ao trabalho, que há muito trabalho acumulado e a semana vai ser muito mais curta do que é normal! Um muito obrigada a todos pelo carinho e preocupação. :)

*** Ciranda