J’ai arrivez, j’ai arrivez! Le FIMU étais extraordinaire, l’ AquiJazz étais magnifique et le publique aussi! ET VIVE LA FRANCE! :D
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Estou de volta. Cansada, com uma constipação, surda*, mas muito satisfeita.
Foi absolutamente extraordinário. Quatro dias, num ambiente onde se come, bebe e respira quase, e só, música. Na 17ª edição, 7/8/9 de Junho de 2003, houve 198 concertos gratuitos, na cidade velha, 107 grupos internacionais de música, 2330 músicos, 28 países participantes, 13 palcos e 60000 espectadores. Este ano, na 19ª edição, havia mais um palco – 14, no total. 128 grupos de música, 251 concertos e muitos… muitos espectadores e visitantes.
A cidade, Belfort, é nitidamente uma antiga cidade-forte, pequenina, lindíssima (ao verdadeiro estilo suíço) e rodeada por muralhas, dentro das quais acontece tudo. Os nossos espectáculos foram no palco CHAPITEAU JAZZ (um dos mais conceituados) e correram muito bem. Melhor seria difícil! Uma hora e tal de música e muita animação. O público magnífico. Nem a chuva, que muitas vezes se fez sentir, os fez abdicar de assistir os concertos até ao fim, participar mais do que seria esperado e ainda acabar de pé a bater palmas até se lhes cansassem os braços num pedido sem fim de um encore. «We Want More! We Want More! We Want More!» Tivemos direito a um grande clube de fans formado espontaneamente, e que não resistiu a assistir a todos os concertos do AquiJazz. Tivemos cumprimentos de gente, desde a organização a professores de coro locais, a maestros de grupos internacionais, que fizeram questão de nos dizerem o quanto gostaram da nossa actuação, o quão profissionais e, ao mesmo tempo, descontraídos nós nos mostrámos e o quanto aqueles cumprimentos deviam ser compreendidos como verdadeiros e genuínos, dado aquilo que cada um deles desempenhava no panorama musical. Fizemos bons contactos e espera-se que daqui para afrente, seja sempre a subir! ;)
Único senão: a comida… Arggggghhh… QUERO A MINHA COMIDINHA PORTUGUESA SFF!! Até emagreci, apesar das porcarias altamente calóricas que comi para compensar aquilo que nos davam.
De resto, foi lindo! Lindo… :) Só foi pena o tempo instável que se fez sentir por lá. A chuva compareceu e, muitas vezes, deu o ar da sua “graça”. Mesmo assim, os visitantes não se deixaram assustar e prevaleceu a vontade de se ouvir boa música. Uma das imagens que nunca mais me sairá do espírito é aquela em que, durante um dos concertos em que se vê o CHAPITEAU cheio com gente sentada, muita gente de pé a ocupar os restantes lugares disponíveis, e muitíssima gente fora, à chuva, numa espécie de jardim multicolorido de guarda-chuvas abertos. Lindo! Merecia uma fotografia.
Para o ano estamos lá outra vez! Assim se espera. E de certeza que, entretanto, outras coisas e outros destinos se sucederão. E, depois disto tudo, e MUITO MAIS, é bom estar de volta a casa.
*** Ciranda
*A surdez não tem a ver com volumes ensurdecedores. Nem sequer com má qualidade sonora. Deve-se apenas a uma descida demasiada abrupta e rápida do avião na aterragem em Lisboa. Não fiz a bem a descompressão e acho que a constipação francesa que trouxe de Belfort também não ajudou. Mal o avião começou a descer, comecei a perder frequências até deixar de ouvir o que quer que fosse – inclusive a própria voz. A juntar a esta surdez súbita, veio uma confusão de espírito e umas fortes dores nos tímpanos. Só descansei quando percebi que não era a única naquelas circunstâncias. Foi complicadote e, ainda hoje, não estou nada bem. Mas hei de ficar! ;)