p Ciranda Cirandinha: Espalhem a notícia .comment-link {margin-left:.6em;}

Ciranda Cirandinha

A aventura de se ser Mãe e Mulher

4º aniversário da Beatriz

Tuesday, January 11, 2005

Espalhem a notícia

Distracções à parte, há coisas do arco-da-velha!

“Espalhem a notícia”, é como se chama. Ouvi-o pela primeira vez - na voz de Sérgio Godinho - há muito muito tempo atrás. E, quando há uns 3 ou 4 anos, o ouvi uma outra vez numa versão dos clã, com a Manuela Azevedo e o próprio Sérgio numa reinterpretação magnífica, não foi de estranhar que o tenha passado a ouvir freneticamente. Ao longo desse ano devo tê-lo ouvido centenas de vezes.

Curiosamente, estava já grávida quando de repente percebi o seu significado. Bateu-me como um raio e deixou-me perplexa. Ri, chorei e amei-a e, ali naquele momento, lhe ofereci o meu amor eterno! Li uma vez mais e concluí que não poucas vezes o conjunto vale mais do que a soma das partes ;)

Por isso mesmo, bem como pela mensagem que tem implícita e explícita, é uma das músicas que tenho como especiais e que me acompanhou durante os últimos 6 meses de gravidez.

A todas vós meninas & meninos – que estão à espera do vosso rebento ansiosamente -, a dedico!

Espalhem a notícia
do mistério da delícia
desse ventre
espalhem a notícia do que é quente
e se parece
com o que é firme e com o que é vago
esse ventre que eu afago
que eu bebia de um só trago
se pudesse

Divulguem o encanto
o ventre de que canto
que hoje toco
a pele onde à tardinha desemboco
tão cansado
esse ventre vagabundo
que foi rente e foi fecundo
que eu bebia até ao fundo
saciado


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher bonita


A terra tremeu ontem
não mais do que anteontem
pressenti-o
o ventre de que falo como um rio
transbordou
e o tremor que anunciava
era fogo e era lava
era a terra que abalava
no que sou


Depois de entre os escombros
ergueram-se dois ombros
num murmúrio
e o sol, como é costume, foi um augúrio
de bonança
sãos e salvos, felizmente
e como o riso vem ao ventre
assim veio de repente
uma criança


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo de mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher


Falei-vos desse ventre
quem quiser que acrescente
da sua lavra
que a bom entendedor meia palavra
basta, é só
adivinhar o que há mais
os segredos dos locais
que no fundo são iguais
em todos nós


Eu fui ao fim do mundo
eu vou ao fundo do mim
vou ao fundo do mar
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher
vou ao fundo do mar
no corpo de uma mulher


Letra e música: Sérgio Godinho
Intérprete: Manuela Azevedo (Clã)
In: "Afinidades", 2001;
*** Ciranda

4 Comments:

At 8:36 AM, January 12, 2005, Blogger ni said...

É linda, linda, não é?
Grande Sérgio...
;o)
Beijinhos e abraços
Lia

 
At 10:00 AM, January 12, 2005, Blogger Margarida Atheling said...

Estou arrepiada!!!
Não conhecia!
Bjs

 
At 11:38 AM, January 12, 2005, Anonymous Anonymous said...

(suspiro) gosto mesmo muito de sérgio godinho... de quase tudo o que ele compõe e canta e toca... enfim (suspiro)
Beijos
Gracinha

 
At 5:24 PM, January 12, 2005, Blogger C_de_Ciranda said...

:) É lindíssima... E Margarida, tens de ouvi-la. É daquelas coisas que se tem mesmo de conhecer! É obrigatório! ;)

Gracinha ;)) Sua suspiradeira inveterada ;) *

*** Ciranda

 

Post a Comment

<< Home