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Ciranda Cirandinha

A aventura de se ser Mãe e Mulher

4º aniversário da Beatriz

Thursday, November 25, 2004

Para que serve a escova de dentes... hmm?

Nada como começar o dia com uma bela gargalhada.

- Ó Beatriz, o que andas a fazer??
- Mãe, tou aqui!!! Tou a pentear os dentes!

Tem a sua lógica! :))

*** Ciranda

Wednesday, November 24, 2004

Update de memórias

Pois... chego à conclusão que o difícil é encontrar a ponta da meada. Depois de se começar a puxar, torna-se difícil é parar. Mas a minha vida não é isto!! Ai q' horror! ;)
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Tinha-me esquecido do fim-de-semana entre primos. É que o Zé Pedro, o mais pequeno membro desta família (com apenas 3 meses e meio), sempre foi dormir lá a casa e passou depois o Sábado todo connosco. Correu tudo lindamente. Dormiu 10 horas seguidas (a quem sairá?) comeu tudo e mais alguma coisa e nada de choros – aliás, mal se ouve, de tão pacholas que é! ;)
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A Beatriz andou a balançar entre dois estados de espírito contraditórios. Por um lado via-se nos olhos a ternura dela, a euforia e a alegria de ter um bebé em casa e não o largava 10 segundos. Por outro, vai que não vai, zangava-se e ele passava logo a ser "feio" e queria era recambiá-lo de volta! Bahh... Isso durava, claro está, 2 a 3 minutos! Era tanta a tentação para lhe dar beijinhos e festinhas e miminhos e coisas que tal, que meia volta e volta e meia, dava com ela literalmente em cima dele! E, claro, quando lhe dizia que não, que não podia ser, que ele era ainda muiiito pequenino, o bichinho do ciúme atacava-a. Hehehe ;) Nada de grave! .
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Mas o que mais a impressionou (tanto, que ainda hoje fala nisso!) foi o grande serviço que le petit monsieur fez na fralda! :) Oh la la! Aí é que o caldo entornou, meus senhores! Então não me querem ver uma caganita deste tamanhico, toda emproada e indignadíssima porque o bebé tinha feito um grande cócó na fralda???
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Ai muito me ri. Palavra de honra! É que eles levam mesmo a sério esta coisa do deixar as fraldas e passar a utilizar a casa de banho. É como uma espécie de promoção, suponho! ;) Aqui fica uma lembrança:
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Ó p'ra eles, tão fofos!

E mais tarde, aproveitando o fim-de-semana, ela ainda deu uma "ajudinha" à mãe com a roupa. Ai que prendada, a minha rica filha! :D
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*** Ciranda

Tuesday, November 23, 2004

Soneto da separação

Assim também de repente – uma coisa puxa a outra –, lembrei-me de um poema do eterno Vinicius de Moraes, o Soneto da Separação. Este soneto foi posteriormente musicado (por Baden Powell), dando origem ao tema Apelo, com uma interpretação muito bonita, resultado de uma parceria entre o Vinicius e a Bethânea, e que não ouvia há muito tempo. Já a cantei muitas vezes enquanto adormecia esta minha cachopa. Fica o soneto:

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes


É muito bom a nossa memória ser composta de tantos e tão diferentes fragmentos...

*** Ciranda

De repente...

...não mais que de repente.

Mas porquê??? Tão bem que esta menina dormia! Tão bem... Passado. Pretérito perfeito na 3ª pessoa... lamentavelmente! É que aqui a freguesa deixou de fazer aquelas longas e tão proveitosas sestas que dormia. Portanto, basta que se saiba que não dorme mais do que 30 minutos consecutivos, durante o dia. As noites, tirando uma aqui , outra ali, sempre foram santas – felizmente! Nem em bebé acordava para comer. Era às 10 horas consecutivas ou até mais. Até fazia aflição a uma tão recente mãe... Já crescidota continuava a dormir duas, às vezes três horas à tarde, depois da papa e uma ou duas depois de jantar. E agora pufft… acabou-se o que era doce. Meia horita e tá feito. Aí vem ela, toda espevitada e cheia de energia. Ora bolas… – penso eu – lá vem ela! :(
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Será uma fase??
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E tem sido assim… ou lhe dou colo e consigo que durma mais meia hora, ou então nada feito. Sabem que mais? Haja mas é energia para aguentar a energia dela! Possa… (Daqui a mais, quem pede colo sou eu. Só falta saber a quem… :D )
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*** Ciranda

Monday, November 22, 2004

Mais uma flor no mundo

E nasceu a Íris!! ;)
Parabéns Lia, Parabéns Grávido. Um beijinho muito grande aos papás e um enorme para essa menina linda. A partir de hoje tudo muda... Desejo as maiores felicidades aos três :)
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*** Ciranda

Friday, November 19, 2004

Parabéns docinha

E faz hoje precisamente 2 anos e meio que tudo aconteceu... ;) O tempo não passa a correr. Voa, à velocidade de um pensamento... E a cada dia que passa, tenho a sensação que mais perto está o dia em que ela vai deixar de procurar este colo e este mimo - em que está neste preciso momento - que tão indispensáveis são, por enquanto. Rezo para que esteja longe, ainda, esse dia. Muito longe...
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Quem me dera olhar os meus olhos, quando eles olham para ti...
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E agora, que dorme nos meus braços, limito-me a contemplá-la apaixonadamente, adiando assim o momento em que a liberto deste abraço e a deito na sua cama para dormir.
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Dorme, dorme, meu amor.
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*** Ciranda

Wednesday, November 17, 2004

3º Capítulo - A hora H

Depois do telefonema da minha médica a avisar-me que era agora ou nunca, foi um tal corre-corre naquela casa. Depois de ter posto toda a gente ainda mais nervosa que eu, lá consegui sair de casa, mais barriguda que nunca e curiosamente calma, dadas as circunstâncias. Agarrei na mala, no meu pai, no pai da criança – que tinha chegado por volta das 11 horas da noite de sábado, para vir cá passar estes dias - meti-os no carro e, perante o olhar reprovador e duvidoso deste último, entrei para o lugar de condutor e assim fui, a conduzir até ao hospital. Nos últimos 2 meses custava-me muito andar de carro com outra pessoa ao volante. Qualquer lomba ou irregularidade no piso era sentida pela minha barriga 10 vezes mais. Daí, a partir dos 7 meses de gravidez, raramente aceitei ser conduzida por outra pessoa.

E pronto, às 11 da amanhã estava internada já e a ser preparada para a hora H que se aproximava a uma velocidade estonteante - independentemente de eu assim o desejar, ou não. Fiquei no 7º andar, num quarto com duas camas, dois armários, um cadeirão vermelho muito confortável (para a amamentação), uma televisão, casa de banho particular e uma vista encantada sobre a cidade. Uma priveligiada, eu sei. E o dia estava lindo… Um dia de Primavera como há poucos, lembro-me de o sentir, mas talvez fosse de mim… ;)

Induziram-me o parto duas vezes. Da primeira vez (com um gel), quando tudo parecia encaminhado, as contracções -que duravam já há horas - começaram a abrandar. A segunda indução foi feita através do soro. Mais eficaz, disseram-me. E de facto, pouco tempo depois, lá estava eu a todo o vapor, com contracções atrás de contracções. Só não fazia era a dilatação. Depois de alguns exames de toque, eu continuava a apresentar apenas 2 dedos de dilatação. E, a certa altura, aconteceu aquilo que eu não queria nada que acontecesse. O coração da Beatriz começou a abrandar a cada contracção minha e, sem mais, resolveram fazer-me uma cesariana. A bebé estava em sofrimento…

Acho que chorei como nunca tinha chorado. Não sei se por dores, se por uma explosão de nervos tão contida até ali, se pela perspectiva da cesariana que eu não tinha desejado, ou se pela ideia de ter a minha filha a sofrer dentro de mim. Mal conseguia falar. Mal consegui pensar. Mal conseguia estar consciente, acho mesmo.

Por volta das 8 horas da noite, entrava eu no bloco operatório para me prepararem. E, do alto do meu tumulto, lembro-me de achar toda a equipa uma simpatia. Lembro-me da dificuldade e da confusão que causou a um dos membros da equipe, a simples tentativa de prender os meus longos e vastos caracóis negros, primeiro com uma touca do hospital e depois com duas!! Heheheh E lembro-me, ainda tão bem, de ter “zombado” com ele, quando ele finalmente desistiu e arranjou um baraço para me fazer uma espécie de tutu no alto da cabeça. :D Lembro-me que - contrariamente ao que se pode pensar - estava muito bem disposta e tranquila. Talvez, aliviada porque todo aquele dia de dores, sofrimento e ansiedade estava finalmente a chegar ao fim, sabendo que iria ter a minha menina nos meus braços num curto espaço de tempo.

Lá me deram uma epidural (ou várias). Finalmente, estavam já a cortar esta mãe, e a puxar a minha tão desejada cachopa cá para fora, quando de repente comecei a sentir o que me estavam a fazer. Incrédulos, deram-me mais 2 doses de epidural. Continuei a sentir dores. Foi o suficiente, ofereceram-me num sono de beleza, com uma anestesia geral. Um minuto mais tarde, mais precisamente às 20:40h da noite do dia 19 de Maio de 2002, com 48,5 cm de altura, 2.950 Kg de peso, estava ela cá fora, separada finalmente de mim e pronta para começar a vida, a minha Beatriz!

E eu, despojada já do meu mais precioso bem, acordei no recobro, algum tempo depois, sentindo-me confusa, sozinha, vazia e, acima de tudo, mais angustiada do que nunca. É que, apesar de todos me garantirem que a bebé estava muito bem e que tinha corrido tudo bem, eu não estivera lá para ver por mim e – acima de tudo – ainda não tinha visto a MINHA filha com os meus próprios olhos!

Só sosseguei quando isso finalmente aconteceu. Já passava da meia-noite, quando me levaram de volta ao meu quarto e ma trouxeram para os meus braços de mãe. E foi a coisa mais linda que alguma vez vi. E ali estava a razão de toda a minha existência. E disso não tenho até hoje qualquer dúvida…

E aqui ficam, para já, as primeiras fotografias da minha mais que tudo, com menos de 24 horas de vida.


Ai... Que saudades tão grandes ;)

*** Ciranda

Tuesday, November 16, 2004

2ª Capítulo - Os últimos tempos de casulo

Numa 3ª-feira de Maio, grávida de 37 semanas, tive aquilo que viria a ser a minha última consulta de rotina na minha obstetra, com a Dra. F. Depois das medições de rotina, peso, tensão, resultados das análises e uma última ecografia, a médica avisou-me que, não íamos esperar que a aquela cachopa resolvesse nascer por ela e, assim, decidiu que me iria provocar o parto. Perante o meu ar de espanto, com um misto de terror (aposto!) estampados na cara, incrédula com o que acabara de ouvir, ela explicou-me as suas razões.

Voltando um pouco atrás… A determinado ponto da gravidez (por volta dos 3/4 meses), começou a levantar-se a ponta de um véu de preocupação que dizia respeito à eventualidade de haver um risco de consanguinidade entre mim e o bebé. Eu tenho um tipo de sangue muito raro A RH – enquanto o pai da Beatriz tem O+, e as análises começaram a acusar um fracamente positivo que deixou a médica preocupada. Assim, disse-me ela, a bebé estava com bom tamanho e peso e que tinha medo que no processo do parto pudesse haver problemas e que não valia a pena correr esse risco. Assim, o melhor seria acelerarmos o processo, para que pudesse ser ela a assistir-me no parto.

E, sem ter tido tempo sequer para pensar ou reagir, lá se decidiu que – em princípio – daria entrada no Hospital Sto. António, no Domingo seguinte. Uma coisa a confirmar pela médica. Vim para casa com a cabeça a 1000 à hora… De repente, fiquei sem tempo. Sem tempo para as coisas de última hora, sem tempo para viver isto até ao fim, sem tempo para a surpresa da 1ª contracção, sem tempo para os últimos passeio, sem tempo sequer para descansar. Ainda havia muito a fazer, até à chegada desta pequenota!

Passei o resto da semana numa ansiedade doida. De cada vez que falava com a médica, ela ainda não podia confirmar se seria ou não no dia combinado. E assim foi, até Domingo às 9 horas da manhã, em que acordei com um telefonema dela: “Olá, Bom dia! Está bem disposta?” – E eu com uma vontade de lhe dizer que não! Que não estava! Que estava era ansiosa e irritada e rabugenta e cansada porque, como ainda não tinha certezas de nada, não consegui pregar olho a noite inteira! – Enquanto ela continuava, airosamente: “Pois é, já temos novidades, finalmente. Já temos cama! Pegue na malinha e ala para cá. Estou à sua espera!” E ali fiquei eu prostrada, nos 5 minutos mais confusos de toda a minha vida. Ou assim me pareceu…
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*** Ciranda

Afinal, quem é o dono do dono?

De repente, uma coisa tão simples como a palavra “dono” dá um nó na cabeça dos petizes. Às tantas, explicava o meu pai à Beatriz, que aquelas chaves penduradas num placar dentro do prédio, tinham sido encontradas pelo dito Sr. Magalhães, que as pendurou lá para que o dono as pudesse reaver.
O dono?
Sim, o dono. O dono das chaves…

Entretanto a mãe diz ao Jeco, “Vá, vai ao dono pedir-lhe uma comidinha".

Enquanto isso, o avô, diariamente assaltado à mão armada por uma pirralha de 2 anos e meio, armada de um sorriso calibre 35 e olhar de carneira mal-morta, que lhe mete a mão nos bolsos e lhe rouba cada cêntimo que ali “more”, vai-lhe dizendo: “Ó menina… Isso tem dono!”

Neste momento estamos num ponto em que não se pode dizer a palavra dono, sem que ela solte uma gargalhada e olhe para nós com um ar endiabrado, como se tudo aquilo fosse parte de um jogo que ainda não está completo. Um ar de quem tenta apanhar no ar qualquer coisa mais que ela ainda não entendeu bem :)

Até acho normal que ela faça alguma confusão. Afinal, são conceitos já um pouco avançados, que requerem já um outro tipo de entendimento das coisas. Agora, o que eu não entendo e pagava para entender é: o que diabo a leva a chamar dono a um T-Rex articulado que ela tem, enquanto se ri, uma vez mais com aquele olhar maroto estampado na cara…

Enfim, as crianças sempre têm com cada uma!

*** Ciranda

Monday, November 15, 2004

O Sr. Magalhães...

…é o administrador lá do prédio. Um senhor simpático com uma bigodaça de respeito e um ar sempre de bem disposto! Gosta dos animais, e das pessoas também e, no geral, parece ser uma boa pessoa.

Aqui há uns tempos atrás, O Sr. Magalhães (mal ele sabe! :D) - passou a fazer parte das nossas rotinas diárias, lá por casa. Cada vez que a cachopa chorava, ou se punha a gritar já a horas pouco impróprias, lá saíam frases como:

“ – Shiuu… Olha que já é muito tarde e não se pode chorar. O Sr. Magalhães já está a dormir!”

ou

“ – Não grites Beatriz! Fala baixinho… Queres que venha por aí o Sr. Magalhães tocar à campainha a perguntar: «QUEM É QUE AQUI ANDA AOS GRITOS A ESTA HORA DA NOITE??» Não queres, pois não?”

ou ainda,

“Olha Beatriz… Não tarda estão aí a bater à porta com força. E a mãe depois pergunta assim: QUEM É???”
Ela estreme um pouco e, baixinho, a olhar para mim: “não…”

Mas o mais curioso de tudo é que ela conhece o Sr. Magalhães, não tem medo nenhum dele, mas tem um enorme respeito. Meia volta e volta e meia, lá vem ela com o Sr. Magalhães. Seja porque está já a dormir, seja porque ele alimenta uma gatita que resolveu abancar nas imediações do prédio, seja pelo que for.

Imaginem que até pró Algarve ele vai. Aliás, até em Marrocos, nas últimas férias, o Sr. Magalhães estava no quarto por cima do nosso - independentemente da cidade em que estivéssemos! :D

*** Ciranda

Saturday, November 13, 2004

Para mais tarde recordar.

A Beatriz continua a não dizer os "Lh's" e daí, saem coisas castiças, mas cheias de convicção, como por exemplo:

“ - Que cor é esta, Beatriz?”
“ - É bermela!!”
“ - Ola mãe (leia-se, olha mãe) ola este palacinho (leia-se palhacinho)…”
“ - Mãe, tens umas orelas (leia-se orelhas), tens?”
e etc, etc, etc…

Outras que ficaram famosas:
1. Cuxpa
2. Qmotas
3. Motocarros
4. Xo-cavaquinhos
5. Baba
6. Motoxclimos
7. Deita
8. A quedeneve

E agora para a magnífica tradução:
1. Desculpa
2. Motorizadas
3. Autocarros
4. Cavalos
5. Água
6. Autoclismo
7. Almofada
8. A branca-de-neve

Expressões plenas de significado, desde que se saiba qual:

“Oh pah…” – Esta expressão saía a torto e a direito a partir dos 5 meses de idade. Não falava nada mas isto saía vezes e vezes sem conta.

“Mãe_Vô_Jeco_Miau!!”, seguido e sem respirar, repetida vezes e vezes sem conta, a plenos pulmões com um sorriso de orelha a orelha (que grande era o seu universo nesta altura! :D)

“Bião” – Tudo o que para ela fosse bom e apetitoso, doce ou salgado.

“Aiii Lês!”
– Esta, confesso que até hoje, desconheço o significado, mas era aplicada sempre que se sentia contente, da mesma forma como se pode aplicar uma outra como “Ai que bom!!”

“Liana!” – Idem aspas aspas… (Terá andado a ver o Tarzan?)

“PUUORRA!!” – Esta dispensa qualquer tipo de explicação, apenas uma nota: É preciso ter muiiiiiiiiito cuidado com o que se diz à frente deles. Acreditem… Muitas das coisas que dizemos, nem damos conta! ;)
E pronto, à medida que me for lembrando de outras antigas, ou que novas forem surgindo, deixarei aqui o lembrete.
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*** Ciranda
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PS: Só tenho mesmo pena é que algumas delas, por muito que tente pô-las em palavras, ficarão sempre, aquém. O que vale é que existem fotos e filmes! ;)

Friday, November 12, 2004

Ponto da situação

Ora bem... aqui estamos, uma vez mais, depois de uma tarde passada a correr de médico em médico. E então, é_assim_dois_pontos_abrir_aspas_travessão:

O Jeco ainda não está nos conformes. Apesar de já ter os gânglios em condições, há uma qualquer coisa - que juro que não sei o nome - no pescoço que ainda está meio inflamada. Ou seja, mais 3 dias de antibiótico e de anti-inflamatório e nova consulta na próxima 2ª- feira.

A Beatriz, mais uma vez, fez a delícia de todos no consultório. O médico viu-a, reviu-a e está boa e recomenda-se. 2 anos e meio, 94 cm de gente e 14, 300 Kg. Uma mulheraça que, ao que parece, vai ser bem maior que a mãe. Uma brasa, segundo o “doutor”. :D Agora só lá voltamos (espera-se!) apenas em Julho, para mais uma consulta de rotina.

Pronto… Situação actualizada!

*** Ciranda

Wednesday, November 10, 2004

Ai ai ai ai aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Não! Não, não, não e mais não!! Mas que diabo! Quantas vezes tenho de dizer o mesmo? Quantas mais vezes, e de que formas diferentes, terei de dizer que a casa de banho não é - definitivamente - sítio de brincadeira? Grumph...
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Agora é quase todos os dias isto. Apanha a casa de banho acidentalmente aberta e aqui vai disto... Torneira aberta e saia uma banhoca de lavatório! Acabo por dar com ela encharcada até aos ossos e com o ar de quem foi surpreendida e repreendida pela 1ª vez.
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E pronto, here we go again...
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Sai um açoite no rabiote prá casa de banho nº 2!
"- Ó mãe!!!" - E temos lágrimas, até vir a 'mulher da fava rica'! (nunca soube o que quer dizer esta expressão mas, por cá, usa-se muito.)
"- A marchar à minha frente, já!"
Toca a tirar a roupa à menina, entre esconjuros e olhares de loba zangada com a cria!.
Toca a vestir outra roupa à menina ou - na hipótese de isso não ser possível - toca a embrulhar a menina numa manta quantinha, para que não se constipe.
Toca a secar a roupa à menina, enquanto ela promete pela enésima vez que "- Não fax mais mãe! Não fax mais... Descupa, Mãe!", e eu me derreto, tentando evitar mostrar-lhe o sorriso que apetece já.
E finalmente, e se no entretanto não queimar nenhuma peça de roupa no aquecedor (como aconteceu ainda ontem, esnife)...
Toca a voltar a vestir a menina com a roupa já seca... e já esquecida, claro, quer da asneira, quer do açoite, quer das promessas...
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Ufff... Agora imaginem isto, mais que uma vez por dia... ;) É dose!
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*** Ciranda



Tuesday, November 09, 2004

Outras coisas e loisas

E por falar em médicos… O meu Jeco ainda está em período de recuperação. Animadíssimo, já ladra aos homens do lixo e a qualquer coisa com 2 pernas, ou mais, que passe na rua. O papo já quase não existe, mas valeu a ida ao veterinário uma 2ª vez. A médica que o viu desta vez (na passada 6ª-feira) ficou preocupada pela pressão que o papo – ainda tão grande – lhe estava a fazer na traqueia e PIMBA, mais uma semana de antibiótico e anti-inflamatório e na próxima 6ª, veterinário outra vez com ele, só para um encerrar o assunto, espera-se!

Portanto, vai ser uma 6ª divertida, de médico em médico. E à noite, com jeitinho vamos ter o pequenote Zé Pedro que vai dormir com a Beatriz! Vai ser uma estreia! Aguardam-se momentos engraçados!

Entretanto, repararam na banda sonora? Um Obrigada, muito obrigada, a duas cachopas mais que simpáticas. São elas a nossa procriadora
Papoila
(Sim, Papoila consegui!!! :D ‘Tás’ a ouvir??), e a Teresa, que me deu o nome do tema, que eu desconhecia. Foi um bom esforço conjunto. Hehehe Um beijinho às duas :)

Ai Sandrinha, Sandrinha… e que saudades dos tempos
de faculdade, tainadas e arpejos, amores perdidos e beijos e de todas as nossas “musiquices” ;) Que saudades!
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;)
*** Ciranda

PS: Nada de notícias das escolas… Também era difícil… :( Há que tentar outra vez em Janeiro.

Estou de volta...

…em todos os sentidos! Com boa disposição, sossego e com energia e uma dose de paciência redobradas. E é assim que se quer :)

Antes de tudo o mais, um agradecimento especial a todas pelo carinho com que me brindam, sempre que necessário. Pode não ser ajuda de facto mas, por vezes, vermos que não estamos sozinhos – quer fisicamente, quer virtualmente, quer mesmo no que respeita a diferentes maneiras de pensar e agir – pode ser muito reconfortante.

E um fim-de-semana pode fazer maravilhas. Este, em particular, foi de facto retemperador. Graças a um pulso aberto (ou distendido, ainda não percebi!), vi-me obrigada a adiar a grande maior parte das tarefas que muitas vezes nos ocupam quase todo o tempo de suposto descanso. Assim, sobrou o tempo para outras coisas, tal como descansar e aproveitar uma peste de 2 anos e meio que tenho lá em casa. :D E foi remédio santo! Portou-se lindamente, acabaram-se as rabugices, as mimalhices e até as asneiras de provocação. Esteve-se muito bem.

Houve até uma tentativa de ida ao cinema. “Despejei” a pequenota em casa da madrinha e lá abalei com a filha da madrinha que, por sinal, é minha prima. Acabou por ser infrutífera a investida, e apenas por uma questão de estacionamento. Será que metade da cidade decidiu ir ao shopping nesse dia? E ainda não é nem Natal, nem época de Fantasporto… Nunca tal me tinha acontecido… meia hora quase às voltas e nem um lugar para arrumar la voiture. A certa altura era já tão tarde que desistimos. Valeu, em substituição, um cafezinho com a prima Joana e umas compras (um vestido para a Beatriz e um casaco para mim, que também sou filha de Deus :p)

De resto, acho mesmo que muitas das crises da semana passada se deveram ao facto de ela ainda andar meia constipadita. Agora está praticamente boa e já não tem o nariz tão tapado. Ou seja, a qualidade de sono dela melhorou e, por conseguinte, a minha qualidade de descanso e sossego também! Temos consulta no pediatra, na próxima 6ª-feira. A ver vamos o que diz o médico.

Beijos :)

*** Ciranda

Friday, November 05, 2004

Desabafo

Não, não ando nos meus melhores dias e isto pode ser entendido como um desabafo. Muito provavelmente não deverá ser levado demasiado à letra, mas pronto… Por vezes sabe bem exorcizar estas crises.

Estou absolutamente sem paciência! Ando com os nervos à flor da pele e, por vezes, o nível de irritabilidade atingido é tal, que me assusta… Não sei bem o que se passa. Nestes últimos dias tenho vindo a perguntar se será uma questão de atenção, que possa estar a falhar, ou se sou eu que simplesmente ando mais em baixo de forma e sinto, assim, as coisas de outra forma.

Ter uma criança é algo de muito exigente, como todos os pais podem corroborar. Mesmo que seja uma criança mansa, e que durma e coma bem e que não faça grandes asneiras. É uma tarefa que ocupa muito do nosso tempo e no meu caso, posso dizer que é literalmente a tempo inteiro. Felizmente, não tenho ainda a necessidade de recorrer a um infantário, já que tenho o meu trabalho é suficientemente flexível para me permitir ter a Beatriz comigo o dia todo. Por outro lado, às vezes sinto que pouco é o tempo que tenho para mim.

Até aqui, as duas grandes sestas que fazia, à tarde e à noite, eram dois dos momentos em que conseguia muitas vezes, e com alguma tranquilidade, fazer aquelas coisas importantes que não permitem grandes distracções. Eram também momentos em que sossegava um pouco, não precisando de andar constantemente de olho nela, preocupada com o que andaria a fazer/mexer, etc.

Tenho agora a nítida sensação de que passei esta última semana, a adormecer a menina, para que, mal a deite ela volte a acordar e demore outra eternidade a adormecer, apenas para que a possa, uma vez mais, deitar e ela, uma vez mais, acordar… :/ É desesperante! Não faço mais nada, parece-me…

Aliada a esta irregularidade no sono, vem toda uma série de impertinências, choros, birrinhas de sono, excitação, muitas reclamações e, acima de tudo, muita mas muita asneira… Asneiras repetidas e insistentes. Asneiras mais graves, outras mais ligeiras. E chichis… E eu, que sempre me gabei da facilidade com que aprendeu a ir ao pote, ou da rapidez com que deixou as fraldas e aprendeu, durante o dia, a pedir para fazer chichi na sanita… Nesta última semana teve dias em que se esqueceu de pedir, mais do que uma vez. Curiosamente, e para agravar a situação, apanhou-me muitas das vezes sem muda de roupa. O transtorno é evidente.

E sei que nem sequer é questão de culpa. E sei que – decididamente – ela não faz por mal, nem de propósito. E sei mesmo que não adianta perder a cabeça. Mas o facto é que às vezes é desesperante e às vezes a perco. E dou por mim a contar, não até 10 mas até 50, para evitar erros cometidos muitas vezes comigo própria enquanto crescia. Porque, se por vezes uma palmada pode fazer toda a diferença, se aplicada na devida hora e em circunstâncias muito específicas, muitas palmadas aplicadas a torto e a direito, têm precisamente o efeito contrário. Disso tenho a certeza absoluta.

Espero que passe depressa esta fase. Não gosto de me sentir assim. Torna-se muito complicado gerir tanta coisa ao mesmo tempo, se estamos com um estado de alma exaltado. Torna-se muito complicado ser-se a melhor mãe do mundo. Torna-se ainda mais complicado ser-se mãe e pai. Mesmo que se queira muito e se faça tudo o possível e o impossível com as condições que se tem.

E, se por um lado me apetece de vez em quando desligar o interruptor de mãe, nem que seja por dois ou três dias, por outro apetece-me é tirar dois ou três dias de férias para estar só com ela e não fazer mais nada. Aproveitá-la, simplesmente. Se calhar era mesmo isso…

Enfim, tal como disse, é apenas um desabafo.

Para bom entendedor...

Há uma passagem que li uma vez, ainda muito nova, de um qualquer livro que, para ser franca, não faço ideia já qual seja. Ficou-se-me cravada a ferro e fogo na alma e é tão brilhante que, quando aplicada no momento certo, pode ser um tiro fatal, se entendida! Pode até ser rotulada como cruel. Mas não deixa, por isso, de ser uma grande verdade.

"- Deve então ser perigosíssimo ser um Homem."
"- E é Madame, e poucos sobrevivem..."


*** Ciranda

Thursday, November 04, 2004

Há dias que...

... mais valia era ficar quietinha e ver se a onda passa...

:/

*** Ciranda

Wednesday, November 03, 2004

Crise de meia-idade?

Será que o meu cão - que nunca foi muito dado a violências - estará a atravessar uma crise da meia-idade e, por isso, se meteu nesta disparate de andar à luta?

A
Gracinha, num comentário ao post abaixo, lembrou-me duma coisa engraçada…

Será que vou ser “avó”??

Ai que era tão bommmmmmm! :)))))))

*** Ciranda

Parabéns Jeco!

Faz hoje 8 anos, estava eu enfiada debaixo da varanda do prédio do meu ex a ajudar a Tucha – a cadela dele – a ter as suas duas crias. Uma delas passou, pouco tempo depois, a chamar-se Fritz. É verdade, o meu jeco faz hoje 8 anos!! :D
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Parabéns Jeco*!
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*** Ciranda
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* A verdade é que ele, hoje em dia, tem tantos nomes que já começa a ficar difícil lembrá-los. Ficam exemplos: Fritz, Jeco, Murca, Murkofski, Rocha, Sr. Rocha, Rocharia, enfim… Há mais, posso assegurar! :)

Tuesday, November 02, 2004

O preço da fama... ou Quem vai à guerra...

Este fim-de-semana lá andava pelas redondezas, e mais uma vez, uma cadela com o cio. O meu jeco, como sempre, dá sinal com antecedência. E não falha, no dia seguinte lá andava a matilha atrás da bicha. Ora, o Fritz – habituado que está a ir à rua sozinho fazer as suas necessidades fisiológicas (sejam elas quais forem) – acaba invariavelmente por fazer parte do "gang".

Desta vez, e pelo que pude perceber, a cadela tinha-o na lista de preferências e só permitia que ele se aproximasse – o que não deve ter agradado aos outros ‘machos caninos’. Não sei o que se passou, só posso especular. O que sei é que chegou a casa a tremer como varas verdes, sem reagir a nada do que se lhe dissesse, sem querer comer e a fugir para o ninho. No dia seguinte, quando acordei, ali estava ele, imóvel, sentado, focinho apontado para baixo, com um fio de baba contínuo a pender de cada lado do focinho, com um pescoço três vezes maior que o habitual e descaído como uma papeira de velho e dois papos enormes na zona das bochechas, sem conseguir comer ou beber. Até se me apertou o coração… :(
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Conclusão, lá fui a correr telefonar à veterinária que lá teve de prescindir do seu descanso dominical para o vir ver à clínica, já que era uma urgência. Tal como suspeitava a médica diz que se deve ter tratado de uma luta entre cães. “Já reparou que apesar de ele não estar exteriormente ferido, tem sangue – com certeza do outro cão – nas patas?”
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E pronto, felizmente já passou o pior. Está medicado e fora de perigo, mas não deu pró susto! É que uma pessoa habitua-se aos bichos, afeiçoa-se a eles como se de família se tratasse e custa muito vê-los assim, despojados da sua alegria e virilidade. Custa mesmo muito… Também, quem é que o manda ser TÃO viril? :/
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*** Ciranda