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Ciranda Cirandinha

A aventura de se ser Mãe e Mulher

4º aniversário da Beatriz

Tuesday, November 16, 2004

2ª Capítulo - Os últimos tempos de casulo

Numa 3ª-feira de Maio, grávida de 37 semanas, tive aquilo que viria a ser a minha última consulta de rotina na minha obstetra, com a Dra. F. Depois das medições de rotina, peso, tensão, resultados das análises e uma última ecografia, a médica avisou-me que, não íamos esperar que a aquela cachopa resolvesse nascer por ela e, assim, decidiu que me iria provocar o parto. Perante o meu ar de espanto, com um misto de terror (aposto!) estampados na cara, incrédula com o que acabara de ouvir, ela explicou-me as suas razões.

Voltando um pouco atrás… A determinado ponto da gravidez (por volta dos 3/4 meses), começou a levantar-se a ponta de um véu de preocupação que dizia respeito à eventualidade de haver um risco de consanguinidade entre mim e o bebé. Eu tenho um tipo de sangue muito raro A RH – enquanto o pai da Beatriz tem O+, e as análises começaram a acusar um fracamente positivo que deixou a médica preocupada. Assim, disse-me ela, a bebé estava com bom tamanho e peso e que tinha medo que no processo do parto pudesse haver problemas e que não valia a pena correr esse risco. Assim, o melhor seria acelerarmos o processo, para que pudesse ser ela a assistir-me no parto.

E, sem ter tido tempo sequer para pensar ou reagir, lá se decidiu que – em princípio – daria entrada no Hospital Sto. António, no Domingo seguinte. Uma coisa a confirmar pela médica. Vim para casa com a cabeça a 1000 à hora… De repente, fiquei sem tempo. Sem tempo para as coisas de última hora, sem tempo para viver isto até ao fim, sem tempo para a surpresa da 1ª contracção, sem tempo para os últimos passeio, sem tempo sequer para descansar. Ainda havia muito a fazer, até à chegada desta pequenota!

Passei o resto da semana numa ansiedade doida. De cada vez que falava com a médica, ela ainda não podia confirmar se seria ou não no dia combinado. E assim foi, até Domingo às 9 horas da manhã, em que acordei com um telefonema dela: “Olá, Bom dia! Está bem disposta?” – E eu com uma vontade de lhe dizer que não! Que não estava! Que estava era ansiosa e irritada e rabugenta e cansada porque, como ainda não tinha certezas de nada, não consegui pregar olho a noite inteira! – Enquanto ela continuava, airosamente: “Pois é, já temos novidades, finalmente. Já temos cama! Pegue na malinha e ala para cá. Estou à sua espera!” E ali fiquei eu prostrada, nos 5 minutos mais confusos de toda a minha vida. Ou assim me pareceu…
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*** Ciranda

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