O mundo ao contrário
Meto-me na casa de banho para um chuveiro rápido. Sei que segundos depois, e se estiver já acordada, ela há-de estar a abrir a porta para entrar também, mesmo que não queira fazer nada de especial. Ontem não foi excepção. Mal entrou, fechou a porta atrás de si. Passado um minuto ou dois, já me pedia que lhe abrisse a porta outra vez, para poder sair.
- Ó mãe, abre a porta.
- Beatriz, agora não posso, estou toda molhada.
- Ó mãe, abre a porta, deixa-me entrar…!
Eu rio-me.
- Entrar para onde? Já cá estás dentro.
- Ó mãe, entrar p’ra fora… A Beatiz quer entrar lá p’ra fora!!
;) Pois… Só se for. Depende do ponto de vista.
E, se formos a ver, ela até é capaz de ter a sua razão.
Durante os anos em que aprendi a velejar e me dediquei à competição, aprendi desde logo que não se diz “entrar no mar”, mas sim “sair para o mar”. Ou ainda se nos referirmos a quem esteja no mar, “Eles estão lá fora (no mar)” e não “Eles estão lá dentro (do mar)”. Por isso… depende, não? A perspectiva tem diferentes ângulos. E isso agrada-me!
*** Ciranda
3 Comments:
Sim, e a perspectiva deles é bem diferente da nossa!;)
Sim, Carpe Die! Estamos a tratar disso. Aliás, tento fazê-lo todos os dias.
Ó Canibal, e já agora... amestrado ou amansado? ;)
Beijinho
*** Ciranda
Realmente... é tudo uma questão de perpectiva! E ainda bem!
Bjs.
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